Reflexão pessoal sobre as mudanças do Decreto-lei nº3/2008
Na minha opinião as alterações do decreto-lei contêm alguns aspetos positivos mas também envolve muitas dúvidas em volta dele. Os aspetos positivos com maior relevância são: o corte com as deficiências em categorias de carácter permanente, o que é bastante positivo pois na minha opinião categorizar as deficiências só incentiva mais a exclusão social e a diferença que separa dessas crianças com a sociedade em geral; currículos mais flexíveis; a criação de condições nas escolas para que não sejam separados alunos em contextos escolares, pois todas as crianças têm o direito no acesso e participação aos mesmos contextos educativos; a formação específica do pessoal auxiliar na área da Educação Especial, pois é importante que todos os profissionais das escolas tenham conhecimento e saibam intervir com crianças NEE; a participação dos alunos num sistema educativo construtivista, pois é importante também envolver e ouvir as opiniões das crianças, entre outros aspetos.
Porém este decreto traz com ele imensas dúvidas e a minha dúvida é: se hoje em dia os recursos tecnológicos já são insuficientes sobretudo nas escolas públicas, de que forma poderão utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas crianças com NEE?. Visto que a maioria das crianças não têm acesso a um computador por diversas razões, como poderão eles utilizar os programas educativos quer nas escola ou em casa? Torna-se assim difícil para essas crianças estarem incluídas nas tecnologias e terem um apoio na comunicação com os outros. Todos os alunos com NEE deveriam ter os recursos necessários para ultrapassar as suas dificuldades e alcançarem os objetivos curriculares. Porém, mesmo que houvesse estes recursos, onde e quem os controlava para que fossem equitativos em termos nacionais? E com isto envolve as tais dúvidas.
Eu acho muito importante que as TIC tenham um papel fundamental na vida dessas crianças, mas para isso tem que haver ainda muitas mudanças para que todos tenham o acesso. Deveria então incluir também nesse decreto mais acerca das TIC aplicadas às NEE.
Cátia Évora