Inacessibilidade ou acessibilidade?

<http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.gazetadopovo.com.br/videos/wp> <http://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uac>

<http://www.google.pt/imgres?imgurl=https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/h>

As imagens falam por si.

Tarefas simples do dia-a-dia podem se tornar muito complicadas para quem sofre algum tipo de limitação de movimento, nomeadamente, a dificuldade de locomoção nas calçadas que não permitem que um deficiente possa ao menos sair de casa sozinho, ora buracos, valetas, carros parados nos passeios ou mal estacionados. Já é uma dificuldade estar numa cadeira de rodas, não precisa ser uma dificuldade, ter que andar com ela. Afinal, aqui não se trata de escolhas. Independentemente das capacidades físico-motoras e percetívas, culturais e sociais, qualquer pessoa tem o direito de usufruir dos benefícios de uma vida em sociedade, direito de usar os meios de transporte e serviços, de frequentar locais públicos (cinemas, parques, bibliotecas, escolas), de se divertir, estudar, e, ainda, de conseguir ter acesso a qualquer meio de comunicação, desde a televisão até aos sistemas de informação e comunicação, como a Internet.

É uma necessidade, ir e vir, um direito, que cada dia mais está a ser obstruído. E não se atende em excesso para nenhum desses apontamentos que deveriam ser tratados, até que se possa sentir na pele. Isso não é um discurso, é a realidade nua e crua. E é por uma realidade melhor, que eu coloco essas palavras, e peço a colaboração de todos. Para terminar acresce que, a ACESSIBILIDADE é um direito de todos, responsabilidade de cada um.

www.google.pt/search?q=imagens+de+inacessibilidade&rlz=1C2CAFB_enPT611PT611& biw=1280&bih=699&tbm=isch&imgil=CZiykJPdQmNrtM%253A%253BbURqOPSb81gBvM%253Bh ttp%25253A%25252F%25252Fnadycontrainacessibilidade.blogspot.com%25252F&sourc e=iu&pf=m&fir=CZiykJPdQmNrtM%253A%252CbURqOPSb81gBvM%252C_&usg=__-SeewW6AOBm 8hNzBDZNNhyIrbMM%3D&ved=0CDIQyjc&ei=m2tZVMLzDMbmau7QgIAL#facrc=_&imgdii=_&im grc=Mv9KmlXEiRClsM%253A%3Bc05rQLnUs-sTMM%3Bhttp%253A%252F%252Fvivamelhoronli ne.files.wordpress.com%252F2012%252F12%252Facessibilidade_guaruja_1.jpg%3Bht tp%253A%252F%252Fvivamelhoronline.com%252Ftag%252Facessibilidade%252F%3B600% 3B450

Elsa Oliveira

6 comentários

Vanda Figueiredo 06.11.2014

Esta é uma questão que me toca particularmente. Cresci com uma cadeira de rodas em casa e conheço todos os constrangimentos inerentes às dificuldades de acessibilidade. Com muita tristeza vejo que a sociedade ainda hoje tem muito que evoluir nesse sentido: não se respeitam os lugares de deficientes, estaciona-se em qualquer sítio impedindo passagens porque se tem que ficar perto do local para onde se vai ou porque é só um bocadinho, reclama-se porque os lugares de deficientes são muitos e grandes que não é preciso tanto espaço (será que já pensaram que um deficiente para entrar tem que abrir a porta toda do carro e deixar espaço para a cadeira de rodas?!), olha-se de lado ou responde-se quando educadamente se pede para tirar o carro mal estacionado no lugar que não pertence, entre tantas outras situações desagradáveis. O lugar de estacionamento do deficiente é cobiçado... mas será que alguém queria trocar de lugar????
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Anónimo 07.11.2014

É preciso ter consciência que todos podemos precisar desses lugares, das rapas, de conseguir entrar em casa, de conseguir usar um telefone público ou ir a uma caixa multibanco! Embora respeitasse os lugares de estacionamento, reparasse que alguns edifícios não eram acessíveis a todos, porque fui educada a observar o mundo à minha volta, nunca parei para analisar o que estava mal! Foi em 2009 quando um primo teve um terrível acidente e ficou paraplégico que vi o que ainda não tinha parado para ver! Após uma longa recuperação chegou a hora de passar um fim-de-semana em
“casa” mas que casa? A dele era num 1º andar sem elevador, a mãe morava num 8º andar, com elevador mas para chegar ao piso do elevador tinha de subir 15 degraus, sobrou a dos meus pais! Foi para a casa dos meus pais um apartamento que cumpria as últimas normas e tinha acesso ao elevador. Entrou em casa e conseguiu movimentar-se de cadeira de rodas pela casa até que foi à casa de banho e a cadeira não passou! Nunca tínhamos reparado mas as portas desta divisão eram mais estreitas cerca de 5 cm, o suficientes para bloquear a entrada a uma pessoa de cadeira de rodas!
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Andreia Sousa 08.11.2014

Infelizmente estas imagens são bastante comuns! Não basta as grandes limitações que estes indíviduos apresentam ainda têm que lidar com a grande falta de bom senso que existe, infelizmente, na nossa sociedade. Quando tive o meu filho e comecei a ter que tirar e por um ovinho no carro ainda tive mais consciência deste tipo de problema, para não falar das grandes peripécias que passei enquanto andava com um carrinho de bebé na via pública e no acesso a alguns serviços.
É necessário sensibilizar a população para as questões relativas à Acessibilidade. Esta é um direito de todos! Andreia Sousa
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Vanda Figueiredo 08.11.2014

Como exemplificou a colega acima, o problema das acessibilidades vai muito além das acessibilidades em meio urbano! Abrange todos os domínios, desde os edifícios públicos, aos particulares, em cafés, restaurantes, bibliotecas e outros serviços às nossas próprias casas ou de amigos que são muitas vezes impeditivas de acesso a pessoas com mobilidade reduzida.
A minha casa (aliás a de infância dos meus pais) teve que ser completamente adaptada à nossa realidade desde que o meu pai teve um acidente e, ao longo do tempo, novamente remodelada, uma vez que, há coisas que inicialmente se fazem com esforço, mas que com o avançar da idade se tornam impraticáveis. Por exemplo, se no início se consegue com dificuldade e o apoio de canadianas andar ou subir escadas, tal não será possível aos 60 anos, logo têm que ser previstas alternativas no interior das nossas casas e remodelações, como a colocação de rampas ou a ampliação da abertura das ombreiras das portas, entre outras obras necessárias, por exemplo na cozinha e na casa de banho, para usufruto total da casa e realização de todas as necessidades mesmo as básicas. Mesmo ao nível de acesso ao prédio, há, até naqueles que cumprem as regras de acesso, pequenos detalhes que escapam a um olho menos atento ou a quem não viveu a situação, como o facto de ter um ou dois degraus na entrada ou simplesmente o elevador não ter profundidade para uma cadeira de rodas com pedais ou sequer para que a cadeira entre no elevador.
É lamentável que, perante um convite e situação, se quisermos ir a qualquer sítio público, termos que estar a pensar se poderemos lá entrar, se conseguiremos nos movimentar lá dentro, se o elevador é suficientemente amplo ou questões semelhantes... Um exemplo muito simples - Uma CLÍNICA nova, com todas as acessibilidades e meios disponíveis pensados de raíz, supostamente de fácil acesso a todos e uma cadeira ascendente para subir as escadas. Então e quem é que passa a pessoa com deficiência se esta for pesada da cadeira de rodas para a outra, caso os acompanhantes e funcionários não tenham força para suportar o peso? Há muitos detalhes que não são pensados e só na prática ao vivermos a situação nos damos conta deles.... Vand Figueiredo
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Ana Ribeiro 09.11.2014

A ocupação dos lugares de estacionamento, para viaturas de pessoas com dificuldades de locomoção e em cadeira de rodas, é de facto um dos maiores desrespeitos, senão o mais, frequente. De nada serve a justificação e a desculpa “esfarrapada” que é dada no momento em que se chama a PSP, a resposta é só uma: falta de civismo! No post é-nos referido um sem número de situações em que este desrespeito se verifica: passeios obstruídos, acesso vedados…E depois estes “personagens” acham-se na legitimidade de ainda contestar…Pensem comigo e façam este exercício mental, quantas vezes já vos aconteceu irem com o vosso filho num carrinho de transporte de bebés, de repente a meio do percurso deparam-se com uma viatura em cima do passeio , não nos deixando espaço de passagem? Aconteceu-nos a todos, é um esforço colossal empurrar, a cadeirinha de bebé, voltar atrás descer passeio, voltar a subir. É desgastante, agora reflitam “calcem os sapatos” de uma pessoa com dificuldades de locomoção a percorrer este mesmo trajeto , é humanamente inexequível! O campo de visão de uma pessoa em cadeira de rodas é de cerca de 1metro de altura do chão, logo fica reduzido. A pessoa em cadeira de rodas, a esta altura, não se consegue aperceber dos obstáculos no seu caminho a não ser quando já está em cima deles. O esforço para sair dali é redobrado ou porque a cadeira não é elétrica e tem de fazer uma série de movimentos e terá de pedir ajuda ou porque a cadeira é elétrica e as pedras da calçada estão fora do sitio e o piso é irregular! Há que estar atento ao estacionar, ter capacidade de empatia e pensar no tal exercício do carrinho de bebé…muitos transtornos seriam evitados. É só pensar na realidade destas pessoas…
Ana Ribeiro
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