
[Resultado de imagem para imagem do simbolo do serviço social] Durante toda a minha licenciatura em Serviço Social, foi-me apresentado, como princípio basilar de toda a intervenção, o respeito pelo Ser Humano enquanto individualidade biopsicossocial, na perspectiva de Bronfenbrenner. Apesar de esta realidade já fazer parte dos meus valores e princípios pessoais, veio consolidar e confirmar uma convicção, a de que todos somos diferentes e isso é um ganho para a Humanidade. Entre outras muitas coisas, a minha formação académica e profissão vieram também confirmar que o Assistente Social trabalha com aqueles que têm menos Voz na defesa dos seus Direitos, e é um actor privilegiado enquanto agente mediador entre os diferentes intervenientes sociais, um agente de mudança nas atitudes e realidades. Mas também aprendi e defendo que a intervenção social passa sempre por um trabalho multidisciplinar, e só nesta diferença de Saberes é possível a inclusão de todos em todos os contextos. Actualmente trabalho com pessoas diferentes, com pessoas como todas as outras, com muitas capacidades e competências, algumas por explorar e desenvolver e, com dificuldades resultantes sobretudo, da sua relação com o meio, mas também elas passíveis de ultrapassar, trabalho com pessoas com deficiência. Neste meu caminho, senti agora necessidade de poder evoluir mais para puder ajudar mais e mudar mais, por isso integrei o Mestrado na ESEC, Educação Especial Domínio Cognitivo e Motor, e como não sou diferente das outras pessoas também eu, nesta relação com uma nova realidade, apesar de ser detentora de algumas competências e qualidades, sinto por vezes algumas dificuldades de inclusão quando alguns contextos, termos, realidades, espaços físicos, etc. me são desconhecidos. Mas tal como as outras pessoas, também eu posso contar com o apoio e partilha dos colegas que têm diferentes formações e profissões, com os docentes das unidades curriculares que têm a sensibilidade de perceber que apesar de estarmos todos integrados num mesmo mestrado, as necessidades, expectativas, objectivos e realidades de cada um são diferentes. Todos e cada um de nós, em qualquer altura da nossa vida, sentimos o receio da não integração e da exclusão e se não contarmos com os outros, com a sua atitude atenta e flexível, que aceita e valoriza a nossa individualidade, que nos vê como sujeitos capazes, podemos falhar nos nossos desafios e no alcance dos nossos objectivos. Este é um caminho conjunto em direcção ao sucesso, feito por diferentes individualidades, estruturas e saberes, que também, para nós profissionais, passa pela atitude de inclusão por parte do outro. Ana Sofia Cansado (ESEC Mestrado Educação Especial Domínio Cognitivo e Motor) Mais informações: http://fchs.ualg.pt/pt/curso/1592