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incluircomtic.blogs.sapo.pt

Um espaço destinado a discutir assuntos relacionados com tic e nee

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Um espaço destinado a discutir assuntos relacionados com tic e nee

Tecnologia acessível (2)

"Para a maioria das pessoas a tecnologia torna a vida mais fácil. Para uma pessoa com NEE, a tecnologia torna as coisas possíveis"

(Francisco Godinho) (cf. http://www.acessibilidade.net/web/ine/livro.html).
Uma pessoa com deficiência ou com necessidades especiais é cada vez mais alvo da atenção e dos esforços de integração promovidos pela comunidade ainda que por vezes seja necessário invocar a legislação para que assim seja.

O processo em que esses esforços integram a pessoa em causa nem sempre a assume com todas as dimensões que a sua unicidade impõe. A tendência ainda é aplicar “a fórmula” e esperar que os resultados sejam os mesmos que a expetativa criou. Ao negar a alteridade da pessoa com deficiência em nome da suposta igualdade, corre-se o risco de promover a dependência e perpetuar a lógica de aceitação da falta de autonomia e de liberdade.

Toda a pessoa deve ser exposta à maior variedade possível de estímulos que desenvolvam competências promotoras da sua capacidade de agir e intervir, de escolher e de decidir, em função de quem é e do que deseja em vez de agir condicionada e automatizada. Nesse sentido, a multiplicidade de software disponível é impressionante e essencial para tornar possíveis quotidianos de autonomia da pessoa com deficiência.

Na verdade as novas tecnologias bem como todos os recursos que englobam, tornam o mundo potencialmente mais acessível para todos e respondem às preocupações de inclusão que a sociedade cada vez mais quer resolver.

A56666 – Ana Paula Carlos

Tecnologia acessível (1)

O design inclusivo, o design para todos, a inclusão digital e outras iniciativas constituem abordagens para tornarem os produtos e a tecnologia acessíveis a todas as pessoas, independentemente das suas (in)capacidades, idade, situação económica, educação, localização geográfica, língua, etc. Em regra, a acessibilidade refere-se a todos, mas tem como preocupação a inclusão das pessoas com deficiência ou incapacidade — pessoas com problemas auditivos, visuais, cognitivos, neurológicos, físicos, de comunicação. A iniciativa de acessibilidade Web (WAI) reúne indivíduos e organizações de todo o mundo para desenvolverem estratégias, linhas orientadoras e recursos para tornar a Web mais acessível às pessoas com incapacidade. Em Portugal, a Unidade Acesso, integrada na Fundação para a Ciência e Tecnologia, é o representante nacional da iniciativa da Acessibilidade Web. As tecnologias de apoio são tecnologias especiais (software e hardware) utilizadas por pessoas com diversos tipos de incapacidade, com vista a possibilitar o acesso ao desempenho de determinadas atividades. São úteis aos alunos com NEE, aos professores e aos técnicos e terapeutas com vista a: (i) permitir executar funções que não seriam possíveis de outro modo, (ii) permitir alcançar determinada fluência ou nível de desempenho, (iii) permitir o acesso à participação em programas e atividades, (iv) permitir a concentração em tarefas de aprendizagem, em vez de tarefas mecânicas, (v) permitir melhor acesso à informação, (vi) ajudar à interação entre colegas e pares. (adaptado de SNOW, OCAD University, Canada) Em Portugal, a atribuição de produtos de apoio está regulada e é financiada pelos Ministérios da Saúde, da Segurança Social e do Trabalho. O Ministério da Educação criou uma rede de Centros de Recursos TIC para a Educação Especial que faz a avaliação das necessidades dos alunos com NEE no que respeita a tecnologias de apoio à aprendizagem, financiando parte desses apoios. A56666 – Ana Paula Carlos

Joystick "blind aid"

 

Post 1 Joystick BlindAid.jpg

 

 

 

Deficientes visuais podem andar num ambiente conhecido com destreza, mas e quanto àqueles que ainda são inexplorados? Uma inventora israelense criou uma forma de que cegos possam se aventurar por lugares desconhecidos com mais confiança. Orly Lahav, da Universidade de Tel Aviv, criou o BlindAid, um programa de computador que, aliado com um joystick 3D, pretende funcionar como uma bengala virtual. Ao navegar no cenário digital, o usuário recebe estímulos tatéis do joystick sob o comando do software. Ele torna-se mais rígido, por exemplo, quando o deficiente se depara com uma parede ou uma barreira. Também muda de textura para que ele saiba quando está “andando” sobre um piso de ladrilhos, asfalto, uma calçada ou relva. O aparelho ainda pode ser programado para emitir sons, como o barulho de uma máquina de café ou o telefone da receção de um edifício que se encontra a explorar no computador. “Essa ferramenta permite ao cego „sentir‟ ou „ouvir‟ objetos virtuais e aprofunda o seu senso de espaço, distância e perspectiva”, diz Lahav. “Eles podem „sentir‟ cruzamentos, edifícios, estradas e obstáculos com o joystick, e até mesmo navegar dentro de um shopping ou um museu como o Louvre num ambiente virtual, antes de explorarem o mundo real por conta própria.”
Numa demonstração feita recentemente na Conferência Internacional de Reabilitação Visual 2009, a pesquisadora exibiu testes feitos no Carroll Center for The Blind, centro de treinamento para deficientes visuais, localizado em Massachusetts, nos Estados Unidos. Uma mulher parcialmente cega usou o invento para explorar virtualmente o campus do centro e outros dez lugares. Depois de quatro sessões, ela pode realmente andar nesses lugares de olhos vendados. O BlindAid permite que o deficiente visual crie um mapa mental de um local que deseja conhecer, o que torna os espaços mais familiares já na primeira visita. O objetivo é melhorar sua qualidade de vida ao proporcionar mais confiança para explorar novos lugares. Diz Lahav: “No fim das contas, isso dá aos cegos a capacidade de determinar os seus próprios caminhos e de controlarem suas vidas”.

(GADGETS E INVENÇÕES, NOTÍCIA)

 

Post 1 Joystick BlindAid2.jpg

 Esquema do funcionamento do joystick “BlindAid”

 

Ana Isabel Neves

 

 

 

 

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