Tecnologia acessível (2)
(Francisco Godinho) (cf. http://www.acessibilidade.net/web/ine/livro.html).
Uma pessoa com deficiência ou com necessidades especiais é cada vez mais alvo da atenção e dos esforços de integração promovidos pela comunidade ainda que por vezes seja necessário invocar a legislação para que assim seja.
O processo em que esses esforços integram a pessoa em causa nem sempre a assume com todas as dimensões que a sua unicidade impõe. A tendência ainda é aplicar “a fórmula” e esperar que os resultados sejam os mesmos que a expetativa criou. Ao negar a alteridade da pessoa com deficiência em nome da suposta igualdade, corre-se o risco de promover a dependência e perpetuar a lógica de aceitação da falta de autonomia e de liberdade.
Toda a pessoa deve ser exposta à maior variedade possível de estímulos que desenvolvam competências promotoras da sua capacidade de agir e intervir, de escolher e de decidir, em função de quem é e do que deseja em vez de agir condicionada e automatizada. Nesse sentido, a multiplicidade de software disponível é impressionante e essencial para tornar possíveis quotidianos de autonomia da pessoa com deficiência.
Na verdade as novas tecnologias bem como todos os recursos que englobam, tornam o mundo potencialmente mais acessível para todos e respondem às preocupações de inclusão que a sociedade cada vez mais quer resolver.
A56666 – Ana Paula Carlos