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incluircomtic.blogs.sapo.pt

Um espaço destinado a discutir assuntos relacionados com tic e nee

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Um espaço destinado a discutir assuntos relacionados com tic e nee

Dica de Semana de Férias para pais de pessoa com deficiência...

Em 2014, a SIC fez uma reportagem do Projeto Semana para Férias para Pessoas com Deficiência (ver mais informações do projecto aqui: http://www.santuario-fatima.pt/portal/index.php?id=43618) fazendo referência a uma casa situada em Fátima que acolhe pessoas com Necessidades Educativas Especiais e quem cuida deles são pessoas voluntárias de diversas áreas, contribuindo para o descanso de pais /familiares de jovens com deficiência. Esta casa, recebe pessoas com paralisia cerebral, autismo e trissomia 21. Neste projeto, constatámos que 100 pessoas usufruíram do projeto este verão com a ajuda de 100 voluntários, de forma a que as pessoas apenas descansem e não tenham qualquer tipo de preocupação, permitindo-lhes assim, alguma qualidade de vida. Este projeto nasceu há 9 anos e tem o apoio do Santuário de Fátima, foi pensado para os familiares que vivem com os filhos e sem apoio institucional, de forma a que tivessem um pouco de descanso, embora a casa tenha de ter sido adaptada, uma vez que os pais/familiares também quiseram ficar. Uma das entrevistadas referiu que, ao início, não foi fácil a aceitação, pois ter um filho assim é um processo muito complicado, mas que hoje, sente uma grande gratidão. Os pais encontram-se felizes com o projeto, pois descansam, podem estar perto dos filhos, proporcionar-lhes bons momentos e vê-los felizes, assim como, partilham inúmeras experiências entre eles. Tudo está na base da simplicidade, na inclusão, no amor e na dedicação.

Marta Servo - 56670

A Declaração de Salamanca

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Reuniram-se em Salamanca, de 7 a 10 de Junho de 1994, mais de 300 participantes, em representação de 92 governos e 25 organizações internacionais, a fim de promover o objetivo da Educação para Todos, examinando as mudanças fundamentais de política necessárias para desenvolver a abordagem da educação inclusiva. A Conferência, organizada pelo Governo de Espanha em cooperação o com a UNESCO, reuniu políticos e especialistas, assim como representantes das Nações Unidas e das Organizações Especializadas, outras organizações governamentais internacionais, organizações não governamentais e organismos financiadores.

A Conferência adotou a Declaração de Salamanca sobro s Princípios, a Política e as Práticas na área das Necessidades Educativas Especiais e um Enquadramento da Ação. A Declaração é inspirada pelo princípio da inclusão e pelo reconhecimento da necessidade de atuar com o objetivo de conseguir “escolas para todos” – instituições que incluam todas as pessoas, aceitem as diferenças, apoiem a aprendizagem e respondam às necessidades individuais.

Ana Paula Carlos

L.E.R. Cãofiante

L.E.R. Cãofiante, é projeto desenvolvido em Silves, resultado piloto resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Silves (através da Biblioteca Municipal) e o Agrupamento de Escolas daquele concelho, tendo sido inspirado no programa R.E.A.D. Vídeo sobre esta terapia na Holanda:



<https://www.youtube.com/watch?v=od3acahoumg> https://www.youtube.com/watch?v=od3aCaHoumg



O mesmo é já dinamizado em inúmeras escolas dos EUA, Canadá e Europa, apresentando boas taxas de sucesso.



<https://www.youtube.com/watch?v=ns5ryrzevqy> https://www.youtube.com/watch?v=nS5RYrZevQY



Este projeto pretende ajudar as crianças a ler mais e melhor, recorrendo à presença de cães treinados e tranquilos, intervindo em parceria com o mediador de leitura. Estes cães são ouvintes atentos e facilitadores do processo de aprendizagem e representam um dos fatores diferenciadores desta intervenção. Para as crianças com dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita ou dislexia poderá ser uma ajuda, pois ao lerem acompanhados pelo cão não se sentem criticados, mas sim aceites e mais motivados. A sua presença funciona como um estímulo multissensorial, que fomenta a atenção, a concentração e a cooperação nas tarefas propostas, contribuindo para elevar a expectativa das crianças na sua capacidade para superar dificuldades e aumentar a sua autoestima.

Outra das vertentes, que a terapia com animais proporciona é o toque que é fundamental para crianças com problemas de interação. É apresentado um caso de sucesso deste projeto LER CÂOFIANTE (no link abaixo) , o Tiago que é uma criança com dislexia apresentada nesta reportagem da SIC.



<http://player.sicnoticias.pt/2015-07-21-grande-reportagem-interativa-os-tra> http://player.sicnoticias.pt/2015-07-21-Grande-Reportagem-Interativa-Os-Trat adores-



Considero que o recurso a animais de terapia no ensino poderá ser bastante eficaz no desenvolvimento da comunicação, atenção, interação social (troca de afetos) e diminuição do stress.



Céline Guerreiro

Comunicar como capacidade maior

“ Se perdesse todas as minhas capacidades, todas menos uma, escolheria ficar com a capacidade para comunicar porque com ela depressa recuperaria tudo o resto”
Daniel Webster Escolhi esta citação para que todos possamos refletir por breves momentos sobre a importância que a comunicação assume na nossa vida. Comunicar é algo que fazemos desde muito cedo, os bebés ainda in útero já comunicam com a mãe. Nós adultos dependemos da comunicação para as diferentes tarefas que realizamos ao longo do nosso dia…. E os alunos com Necessidades Educativas Especiais que apresentam Perturbações Graves da Comunicação? Se pensarmos nestes alunos sabemos que existem alunos que necessitam de Sistemas Aumentativos e Alternativos de Comunicação.Estes sistemas permitem à criança expressar as necessidades básicas do dia- a – dia , como tenho fome, quero descansar, estou mal sentado, estou doente…. Nesta perspetiva as TIC são de facto fundamentais servindo como ferramenta/ ajuda essencial para que estes alunos possam efetivamente transmitir as suas necessidades básicas mas também ideias, pensamentos, conhecimentos entre muitas outras situações. Partilho convosco um pequeno filme que encontrei para poderem ver como se comunica com um SAAC ( Sistema Alternativo e Aumentativo de Comunicação). O filme mostra efetivamente adultos que comunicam com os SAAC estes adultos já foram crianças e assim sendo gostaria também de fazer referencia à necessidade cada vez maior das escolas utilizarem efetivamente as TIC de forma a que os alunos ainda crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino possam efetivamente comunicar e adquirir novos conhecimentos com recurso a estas ferramentas. Ver mais em: https://www.youtube.com/watch?v=NmAeSIejnzY

Susana Inácio, 37179

Tecnologia assistiva

Embora ainda não tenhamos abordado o conceito de Tecnologia Assistiva nesta unidade curricular, encontrei este pequeno artigo que desde o meu ponto de vista, é bastante interessante pois, mostra de uma forma clara e sucinta as tecnologias disponíveis para pessoas com NEE.
Estas pessoas com Necessidades Educativas Especiais apresentam problemas no seu desenvolvimento, seja a nível do desenvolvimento mental, motor, cognitivo, sensorial ou expressivo. Estes problemas irão condicionar além do desenvolvimento da pessoa ou da criança, a própria aprendizagem e a forma como aprende. Desta forma eu considero, que a Tecnologia Assistiva assume um caráter preponderante neste contexto, uma vez que vai permitir ou facilitar a própria aprendizagem da criança em contexto escolar.
Após mais alguma pesquisa, conclui que a Tecnologia Assistiva caracteriza-se assim, como sendo um apoio da aprendizagem e deverá ser utilizada para aumentar ou melhorar as capacidades funcionais da criança que apresenta algum tipo de incapacidade.
Após a leitura deste artigo em questão, consegui compreender que a Tecnologia Assistiva vai ajudar na aprendizagem; poderá elevar a auto-estima da criança; inseri-la na sociedade do conhecimento e em contextos reais da vida diária e ainda, permitir o máximo de independência e autonomia do mesmo.

Para saber mais

http://science.nsta.org/enewsletter/2003-08/ss0303_50.pdf

Alexandra Pires

Robot Zeca

O vídeo é uma reportagem da RTP 1 sobre o robot Zeca desenvolvido pela Universidade do Minho para interagir com crianças autistas de modo a melhorar a sua interação social e a sua funcionalidade. Este robot chama-se Zeca que significa “Zeno Engaging Children with Autism” e consegue simular sentimentos como a tristeza, alegria, surpresa e medo. Segundo Filomena Soares, docente da Universidade do Minho e coordenadora do projeto, conta que o "Zeca" foi testado em cenário de jogo e que "as crianças participantes melhoraram os níveis de resposta, envolvimento e interesse na interação" (in Jornal Público 2/04/2015). Outro dos aspetos positivos deste robot é ser muito fácil transportar e ter um aspecto de boneco muito humanizado que fala e mexe os braços como poderão observar no vídeo (link em baixo). Sem dúvida, um excelente recurso para as crianças com autismo progredirem na sua interação social, interpretarem os sentimentos das pessoas que os rodeiam e melhorarem os seus níveis de resposta de interação.

https://www.youtube.com/watch?v=G00MqcJwhFU
Céline Guerreiro nº 30075

Cor acessível e móvel também na sala de aula

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Em época de revisão para o Exame Nacional é hábito analisar com os alunos a Carta Geológica de Portugal e refletir sobre alguns cenários de possíveis questões. A Carta apresenta-nos um país colorido e a leitura de cada uma das cores na legenda dá-nos a idade relativa das rochas. A apontar para os calcários da Zona Meridional Algarvia alguém analisou:

- Jurássico a azul então nessa altura haveria aqui um mar calminho. Fácil stora!

Este tipo de exercícios, que envolvam interpretação de dados num mapa onde a cor é um veículo transmissor de informação constitui um handicap para alunos com daltonismo. Uma deficiência nas células da retina impede-os de distinguir as cores. Por não ser uma deficiência visível, impede-nos muitas vezes a nós, não daltónicos, a tomada de consciência de que há quem percecione a realidade noutras cores.

O Centro de Física da Universidade do Minho, especializado em visão a cores aponta dados concretos. A investigação da problemática do daltonismo revela que por fatores genéticos, 8,5 % dos homens portugueses têm alguma forma de daltonismo, enquanto nas mulheres a taxa fica por 1%.

Estes números também são alunos nas nossas salas. Propomos-lhes exercícios e atividades experimentais, construímos-lhes fichas de trabalho, apresentações interativas e instrumentos de avaliação, escolhemos os manuais que lhes irão servir de suporte ao estudo. Em tudo o que fazemos para lhes garantir sucesso na disciplina partimos do pressuposto que vai ser visualizado como nós o estamos a ver, que todos percecionam o mundo como nós e estamos errados.

Em 2013, o código ColorADD, desenvolvido pelo designer Miguel Neiva, foi aplicado pela primeira vez pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) nos enunciados das provas de Biologia e Geologia. Para acesso ao Ensino Superior exigia-se a um aluno do décimo primeiro ano a interpretação de uma figura construída com Base na Carta Geológica do Anticlinal de Estremoz (IGM,1997) e estava a cores. Numa das primeiras páginas do mesmo enunciado, tal como um formulário na prova de Matemática, apresentava-se um código monocromático. Nada de pânicos, só seguir os símbolos, tal como aplicar uma fórmula!

O código ColorADD permitiu a pessoas daltónicas compreender a cor de forma gráfica, garantindo iguais acessibilidades sempre que a cor se apresentasse como veículo de comunicação e constituísse fator determinante para identificação, orientação e escolha.

Esta ferramenta de comunicação aumentativa estava até agora restrita ao formato papel, nas salas de aula. Cabia ao professor o cuidado de apresentar enunciados legíveis a todos os alunos, que recebiam uma legenda explicativa do código junto ao exercício.

Felizmente o fenómeno dos dispositivos móveis abriu-nos um filão de possibilidades em termos de ferramentas auxiliares transportáveis num iPhone. O conceito do ColorADD cresceu e tornou-se móvel com a aplicação APPcolor Add.

Basta apontar a câmara do telemóvel para a superfície que quer identificar e o nome da cor e o símbolo respetivo aparecem no ecrã. Para resultados ainda mais precisos, o utilizador pode, com dois toques no ecrã, “congelar a imagem” e fazer deslizar o anel cromático até chegar a uma cor mais específica. Os resultados podem ser automaticamente partilhados nas redes sociais, sendo também possível analisar imagens previamente gravadas no telefone.

Esta aplicação pode ser utilizada no quotidiano para escolher uma peça de vestuário ou fruta no mercado mas também lhe podemos abrir a porta da nossa sala de aula.

Da mesma forma que o aluno X, daltónico, não consegue distinguir numa caixa de morangos os verdes dos maduros apelando unicamente ao sentido da visão, também sentiria evidentes dificuldades numa aula experimental de Biologia onde lhe é proposto investigar o efeito dos glúcidos no desenvolvimento e no amadurecimento do morango.

A utilização desta aplicação como ferramenta numa sala de aula constitui uma mais-valia passando o aluno a ter um papel ativo na interpretação da informação que lhe seja comunicada pela cor, seja num gráfico, num mapa, numa imagem ou em resultados experimentais.

Com recurso a esta aplicação móvel é agora possível a um aluno daltónico, fazer análise e registo dos resultados experimentais (grau de maturação dos morangos) tendo em conta a sua coloração de forma autónoma.

Os dispositivos móveis são versáteis, multifuncionais e fazem parte do quotidiano dos alunos que os utilizam com a maior das naturalidades, sejamos realistas, também dentro das nossas salas de aula ao colo, por baixo da secretaria, teclando atrás do estojo dos lápis ou da mochila.

 

Assumir essa tecnologia nas escolas como parte integrante da construção de uma aula, seja ela prática experimental ou teórico-prática parece-me uma simbiose perfeita com inclusão, motivação, autonomia e o interesse dos alunos.

 

A APPcolorAdd está disponível para iPhone e iPad, com o custo de 0,89 euros, e brevemente estará disponível a versão Android e Windows mobile, para smartphones e tablets.

Para mais informação sobre a aplicação móvel visite o sítio:

 http://coloradd-app.net/index_pt.html

 

Célia Gonçalves dos Santos

Dica de Semana de Férias para pais de pessoa com deficiência...

Em 2014, a SIC fez uma reportagem do Projeto Semana para Férias para Pessoas com Deficiência (ver mais informações do projecto aqui: http://www.santuario-fatima.pt/portal/index.php?id=43618) fazendo referência a uma casa situada em Fátima que acolhe pessoas com Necessidades Educativas Especiais e quem cuida deles são pessoas voluntárias de diversas áreas, contribuindo para o descanso de pais /familiares de jovens com deficiência. Esta casa, recebe pessoas com paralisia cerebral, autismo e trissomia 21. Neste projeto, constatámos que 100 pessoas usufruíram do projeto este verão com a ajuda de 100 voluntários, de forma a que as pessoas apenas descansem e não tenham qualquer tipo de preocupação, permitindo-lhes assim, alguma qualidade de vida. Este projeto nasceu há 9 anos e tem o apoio do Santuário de Fátima, foi pensado para os familiares que vivem com os filhos e sem apoio institucional, de forma a que tivessem um pouco de descanso, embora a casa tenha de ter sido adaptada, uma vez que os pais/familiares também quiseram ficar. Uma das entrevistadas referiu que, ao início, não foi fácil a aceitação, pois ter um filho assim é um processo muito complicado, mas que hoje, sente uma grande gratidão. Os pais encontram-se felizes com o projeto, pois descansam, podem estar perto dos filhos, proporcionar-lhes bons momentos e vê-los felizes, assim como, partilham inúmeras experiências entre eles. Tudo está na base da simplicidade, na inclusão, no amor e na dedicação.

Marta Servo - 56670