E porque o facebook não serve apenas para passar o tempo, às vezes até nos aparecem publicações bastantes úteis. Prova disso é que descobri este livro, ?Tecnologias de apoio para pessoas com deficiência?, através de um passatempo promovido pela página ?Projecto In My Shoes?.
O livro foi editado este ano, pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), escrito por Engenheiros de Reabilitação, de seu nome, Pedro Encarnação, Luís Azevedo e Ana Rita Londral, e com prefácio do Professor Castro Caldas.
Pretende introduzir a temática das Tecnologias de Apoio, dando uma visão geral desta área, e caraterizar possíveis beneficiários destes produtos. Apresenta também diversos exemplos das Tecnologias de Apoio que existem, separadas por mobilidade, manipulação, comunicação, orientação e cognição. Por fim, clarifica o enquadramento legal em relação às prescrições das Tecnologias no nosso país.
É um livro que se destina a todos os profissionais da área da Reabilitação, do Ensino Especial, e a todos aqueles que por algum motivo se interessam por esta área.
Partilho esta informação convosco por considerá-la interessante e importante não só para esta disciplina, mas essencialmente para a nossa prática profissional, considerando o público com que todos trabalhamos. Acrescento ainda que pelo que procurei e encontrei, o livro está à venda on-line através do site da Anditec (http://www.anditec.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=76:livro-tecnologias-de-apoio&catid=8&Itemid=107) e tem um custo de ?10,00. Quem for adepto do facebook, pode tentar a sua sorte na página anteriormente referida, até dia 3 de outubro.
Nos dias de hoje, as TIC desenvolvem um paradigma complexo e de útil aplicação. Primeiro, pensamos na sua complexidade que atualmente se reveste a mais básica utilidade, nas atividades humanas, como suporte para uma articulação entre o utilizador e a resposta à diversidade do meio envolvente em que vivemos como cidadãos. Segundo, as TIC revelam-se como uma ferramenta flexível, única e promotora de um ensino diversificado que poderá apoiar diversas aprendizagens de forma interativa e dinâmica. Desta forma, contribui para a inclusão da pessoa com deficiência na transdisciplinaridade que só as TIC poderão oferecer e desenvolver.
No que respeita às escolas regulares, estas têm que ser capazes de responder à multiplicidade de características e necessidades de cada aluno de forma eficaz e objetiva numa simbiose perfeita de promoção e melhoria de qualidade do ensino como uma escola democrática e inclusiva.
Uma escola, que atende às necessidades dos seus alunos com NEE e que está atenta no apoio dos serviços educacionais apropriados a todas as crianças e famílias procura ser uma escola de oportunidades e de excelência. Como tal, contribui para o sucesso numa sociedade inclusiva.
Nesta perspetiva, as TIC apoiam e contribuem para este sucesso na medida em que procura a diversidade no ensino ao proporcionar aprendizagens diversificadas e flexíveis dando oportunidades a todos os alunos com NEE nas suas variadas formas e contextos de programação e acesso preparando-os e ajudando-os a triunfar na sociedade.
A inclusão define-se como a integração dos alunos com NEE em turmas regulares, sendo necessário respeitar os seus direitos. Um sistema educativo inclusivo deve ser eficaz quanto às suas políticas educativas e cultura de escola. Isto significa que devem ser dadas as condições necessárias para responder às características individuais e às necessidades específicas de cada aluno com NEE.
Uma escola inclusiva é uma escola inovadora que tem por princípios a educação para a sociedade da informação, a multiculturalidade, a aprendizagem ao longo da vida, o respeito e aceitação da diferença e, consequentemente, a educação para a inclusão. Neste contexto, os professores desempenham um papel fundamental, sendo necessário o trabalho colaborativo e em equipa e ainda em articulação com os professores da educação especial, técnicos, assistentes operacionais e famílias. Em suma, uma sociedade inclusiva tem de partir da escola ao integrar e responder adequadamente a cada aluno com NEE, utilizando as TIC, e ainda contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de inclusão.
De acordo com o paradigma educativo contemporâneo cabe à escola ser o local que possibilite a harmonização da diversidade humana. Se nos finais do século passado assistimos a integração de todos aqueles que são diferentes, no mundo escolar hoje em dia evoluímos para uma educação inclusiva dentro de universos regulares em detrimento de espaços segregacionais. Assim de acordo com a lei 7 de Janeiro de 2008, Decreto-Lei n.3 / 2008 onde cada aluno tem direito a um PEI específico cabe à escola possibilitar a todos acesso ao ensino/ aprendizagem. Atendendo às especificidades de cada um assim como do curriculum que é portador uma ferramenta fundamental e indispensável para a operacionalização do PEI são as Tecnologias da Informação e Comunicação. Estas desempenham um papel essencial promovendo uma maior autonomia, possibilitando aos alunos demonstrar as suas competências chegando mesmo a ser a única oportunidade de participar na sociedade como por exemplo a fala digitalizada. No entanto, não podemos nos circunscrever às Tecnologias da Informação como um fim mas sim como um meio para atingir uma Educação Inclusiva visto que na realidade verificamos a existência de uma inclusão faz de conta. Na maior parte dos casos o que acontece é uma integração onde os alunos fazem parte de uma turma mas ...
Com a leitura dos dois documentos dados pelo professor, concluo que estes conceitos divergem de autor para autor. Segundo Molto todos os seres humanos são únicos e diferentes. Algumas destas diferenças podem ter graves implicações no percurso da vida do aluno Segundo o autor estes alunos devem ser incluídos nas turmas regulares, o que nem sempre se torna numa tarefa facilitada, sobretudo quando não se tem os serviços adequados e apoios suplementares nos estabelecimentos de ensino. Se se trata de uma educação inclusiva, implica que hajam recursos que permitam uma ?preparada? e ?facilitada? inclusão. Esta começa na família, escola, comunidade. No entanto cabe ao estado a responsabilidade de criar um sistema inclusivo que permita que todas as crianças com necessidades educativas especiais de nível cognitivo ou motor possa ter um lugar dentro da sua especificidade. Segundo Molto a escola inclusiva implica que as escolas estejam preparadas para lidar com a diversidade nunca excluindo o que é diferente. Este trabalho deve ser visto pelos professores como um trabalho continuo e em equipa permanente, pois só assim poderão vivenciar e partilhar diferentes metodologias. Sem dúvida que a aplicação da TIC nos alunos com NEE são uma mais valia para a inclusão destes ,tornando-se uma janela aberta ao mundo na medida em que qualquer momento ou local tenhamos ou não alguma deficiência declarada, garantimos a entrada neste mundo tecnológico. No entanto este permite o acesso à sociedade por alguns, bem como a sua participação e socialização, sendo este o elo entre o eu e o mundo. No entanto apesar das mais valias , este por si só não garante a inclusão. Nos nossos dias são pouco utilizadas devido ao elevado preço dos programas bem como a falta dos recursos materiais e humanos especializados nas nossas escolas...
Todas as pessoas são únicas e diferentes, possuindo, assim, características individuais e necessidades específicas. Desta forma, as TIC assumem um papel de extrema importância na especificidade de cada um, uma vez que permitem desenvolver atividades e/ou programas personalizados, de forma a potencializar as aprendizagens/limitações de crianças com NEE, promovendo, assim, a igualdade de oportunidades. Todavia, as TIC, por si só, não garantem a inclusão, possibilitando apenas a integração de um aluno numa turma regular, uma vez que disponibilizam as ferramentas necessárias à sua atividade e participação. A inclusão pressupõe uma articulação eficaz entre Escola-Família-Comunidade e o aluno com NEE. No entanto, na prática, deparamo-nos com algumas barreiras, tais como, a limitação na formação de professores, os custos para aquisição de materiais adequados, a escassez de tempo para preparação de atividades específicas, assim como a sensibilidade de cada profissional envolvido. Em suma, na realidade, para chegar à inclusão, é necessário passar por um processo de integração, que pressuponha uma mudança gradual nas atitudes e nas competências de toda a sociedade.
O conceito de "inclusão" é flexível, dependendo de autor para autor, de perspectiva para perspectiva, assim como a definição de "diferença". Todos nós temos "desvios à norma", cada um com as suas dificuldades e impedimentos, traduzindo-se em diferentes níveis de rendimento. Ainda que o decreto lei 3/2008 tenha trazido alterações e clarificações para que todos os alunos com NEE venham a frequentar o ensino regular (ao que chamam inclusão), na prática nem sempre se verifica devido à falta de recursos humanos especializados, ou pelo menos sensibilizados para este tipo de população. As TIC são um elemento facilitador da comunicação/aprendizagem permitindo colmatar os handicaps dos indivíduos menos aptos. Contudo, a utilização das mesmas, por si só, não permite uma real inclusão. No fundo, as condições apresentadas no sistema atual de ensino não permitem, em muitos casos, a verdadeira inclusão, mas somente a integração de todos. Paula Soares, a8575 (?) Telma Filipa Lopes, a39980
É fundamental incluir no sentido de dar as mesmas oportunidades a todos, atendendo à diferença de cada um. É este o grande desafio das escolas e dos profissionais da educação de hoje.
As tecnologias da informação e da comunicação, são um instrumento promotor desta inclusão. Sabe-se o quão importante tem sido o uso do TIC por parte do indivíduo com deficiência. Com esta ferramenta ao seu dispor, a pessoa com NEE sente-se parte integrante da sociedade, pois este recurso permite-lhe tornar-se mais autónomo e participativo, nomeadamente através da utilização de software adequado às suas competências, facilitando-lhe a comunicação e ajudando-o a vencer algumas das suas limitações.
Os textos sugeridos referem que a inclusão é uma questão de direitos humanos e está legislada. No entanto, a mudança, que verificamos na nossa prática profissional, acontece, gradualmente, sendo um percurso lento, onde é fundamental uma participação ativa dos intervenientes, dando enfoque à família, aos profissionais e a todo o contexto que envolve a criança/aluno com NEE. Neste aspeto o uso das TIC surge como uma ferramenta facilitadora de acesso ao currículo por parte da criança com NEE, potenciando a verdadeira inclusão. A criança/aluno ao estar integrada necessita de meios para participar na comunidade (escola), ultrapassar barreiras e caminhar para uma verdadeira inclusão. A família, os profissionais e também a turma, como comunidade de aprendizagem, são fatores facilitadores contribuindo para essa inclusão. No nosso quotidiano profissional podemos verificar que o acesso das escolas a tecnologias de apoio nem sempre está acessível, mesmo em ferramentas básicas como a internet verificando-se uma integração e não uma inclusão. Helena Cavaco (a2992), Paula Carvalho (a1658)
Caros alunos Iniciamos hoje um novo curso de mestrado numa área sensível da sociedade em que a inclusão e a integração são palavras comuns mas com significados muito diferentes e por vezes difíceis de perceber para o cidadão comum. Pretendemos criar alguma luz nesta temática e por isso vamos sintetizar o resultado da nossa discussão que tem como pontos de partida a nossa experiência e pré-conceitos e os dois textos sugeridos (O uso das TIC para a inclusão dos alunos com NEE de Susana Capitão e Ana Maria Almeida e Inclusão e tecnologias: o papel decisivo das TIC na inclusão de certos tipos de NEE, de Jorge Vaz) e colocá-lo online através deste veículo de forma a gerar discussão e apuramento dos conceitos atrás mencionados. Ficamos à espera das contribuições individuais e/ou dos grupos.