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Um espaço destinado a discutir assuntos relacionados com tic e nee
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Dou por mim a relembrar o art.º 13 da Constituição da República Portuguesa, que afirma que “ todos os cidadãos têm a mesma dignidade social (…), que “ ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão (…) da sua condição social”.
Dou por mim a pensar, mais uma vez, que se trata de uma igualdade meramente formal sem correspondência na realidade social.
Aprofundo a minha pesquisa legislativa e encontro a Lei de Bases Gerais do Regime Jurídico da Prevenção, Habilitação, Reabilitação de Pessoas com Deficiência (Lei nº 38/2004 de 18 de agosto) e o Decreto -Lei nº 163 de 8 de agosto de 2006 que aprova as normas técnicas para a melhoria da acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida (onde estão inscritas especificações especialmente direcionadas para indivíduos portadores de deficiência visual, o que me interessa particularmente por questões pessoais).
Mais uma vez dou por mim a pensar (por vezes dá-me para esta coisa de pensar) que tenho andado muito desatenta pois não constato o cumprimento destes princípios na realidade que me rodeia.
Surge então a indagação, o porquê.
Quase automaticamente remeto o pensamento para questões mais filosóficas, especificamente ligadas a uma dimensão ética e moral
Penso que de facto a sociedade é regida por uma moral utilitarista, subjugada a contingências, a circunstanciais conjunturais que suprimem o que deve ser feito em função do que pode ser feito. Que os princípios que deveriam ser universais são aprisionados por questões economicistas, de reduções orçamentais, de custos, de gastos…
Mas afinal não estávamos a falar de pessoas, de dignidade humana, de igualdade?
Então penso que a sociedade deveria ser regida por uma moral deontológica, em que uma vida ou mil vidas têm igual valor, que o princípio daquilo que deve ser feito não se deve compadecer de circunstâncias, de momentos de contenção orçamental ou de outra contenção qualquer.
Será que que o fim de permitir um projeto de vida digno a uma pessoa ou de mil pessoas não justifica os meios?
Por fim penso que sou uma idealista, que tudo isto é utópico. Mas vale a pena ser assim?
“ A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos e ela afasta-se dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais o alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.
Eduardo Galeano (escritor e jornalista uruguaio).
Dulce Vilhena
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Depois de muitos anos em que a pessoa deficiente foi vítima de exclusão social, a sociedade tem vindo ultimamente a tomar consciência da sua existência e do seu valor enquanto indivíduos. No entanto, as limitações impostas pela deficiência condicionam a sua afirmação como membros de pleno direito das comunidades em que estão inseridos. Neste aspeto, a engenharia pode e deve representar um papel fundamental disponibilizando os seus conhecimentos no sentido de permitir ultrapassar essas limitações. O uso ativo das novas tecnologias permite a criação de um sem número de ajudas técnicas capazes de proporcionarem uma substancial melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência. (in Boa noite professor, Gostaria de participar no nosso blog com o seguinte post: Depois de muitos anos em que a pessoa deficiente foi vítima de exclusão social, a sociedade tem vindo ultimamente a tomar consciência da sua existência e do seu valor enquanto indivíduos. No entanto, as limitações impostas pela deficiência condicionam a sua afirmação como membros de pleno direito das comunidades em que estão inseridos. Neste aspeto, a engenharia pode e deve representar um papel fundamental disponibilizando os seus conhecimentos no sentido de permitir ultrapassar essas limitações. O uso ativo das novas tecnologias permite a criação de um sem número de ajudas técnicas capazes de proporcionarem uma substancial melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência. (in Tecnologias de Apoio a Pessoas com Deficiência, Manuel G. Gericota) Carla Maio
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http://www.publico.pt/sociedade/noticia/necessidades-educativas-especiais-um-mundo-numa-frase-1606065 O Dr. David Rodrigues tocou num aspeto muito importante do trabalho desenvolvido nas escolas, com os alunos NEE. Como é possível fazer um trabalho digno para o professor e realmente útil para os alunos, se se desenvolve numa sala de aulas com 22 alunos, 4 deles com NEE? As TIC poderiam ser ferramentas facilitadoras deste trabalho. No entanto, em tantas escolas, as salas de informática são poucas e os professores são obrigados a lecionar em salas de aula normal, com apenas um computador. Por falta de verbas, a grande maioria dos alunos NEE não têm direito a um computador para uso pessoal! A inclusão não pode ficar apenas no papel, o estado deverá facultar ferramentas para que estes alunos possam desenvolver as suas capacidades, serem auto-suficientes e úteis à sociedade. Carla Maio
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Um dos temas que sempre me chamou a atenção foi a integração vs Inclusão dos alunos com NEE nas escolas regulares. Ao logo da minha prática letiva, alguns anos deles na Educação Especial, tenho-me deparado varias vezes com este dilema, será que estamos a incluir ou a integrar estas crianças no ensino regular? De acordo com o Prof. Luís de Miranda Correia “A inserção do aluno com NEE na classe regular onde, sempre que possível, deve receber todos os serviços educativos adequados, contando-se, para esse fim, com um apoio apropriado (de outros profissionais, de pais...) às suas características e necessidades. Deve ser, portanto, um processo dinâmico que se proponha responder às necessidades de todos e cada um dos alunos com NEE, provendo-lhes uma educação apropriada que considere três níveis de desenvolvimento essenciais: académico, socioemocional e pessoal.” Será que estamos a fazer o nosso melhor para a inclusão destes alunos? Será que não são apenas “depositados” nas escolas? Será que existem profissionais e auxiliares indicados para esta tarefa? Da minha experiencia pessoal há sítios onde a inclusão é uma realidade contudo ainda existe um longo trabalho a fazer e os alunos deverão ser sempre a nossa prioridade. http://www.educare.pt/testemunhos/artigo/ver/?id=12654&langid=1 Rita Cândido
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Definição de Dislexia Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem, também conhecida como Perturbação Específica da Leitura e da Escrita. Acontece como resultado de uma desordem nos sistemas de processamento da linguagem no cérebro, que torna mais difícil aprender as funções de leitura, escrita, caligrafia ou cálculo. Geralmente, a dislexia é detetada no início da escolaridade. Se não for acompanhada com uma terapêutica adequada pode colocar sérios entraves ao sucesso escolar e à progressão académica da criança. No entanto, a experiência de décadas de investigação e intervenção ao nível da dislexia em crianças mostra-nos que as dificuldades de leitura e escrita podem ser muito atenuadas, através de terapia e exercícios adequados. Dificuldades da criança com Dislexia Mesmo sendo uma dificuldade de aprendizagem relativamente frequente, a dislexia não é uma deficiência, uma vez que não está associada a qualquer diminuição cognitiva ou sensorial do cérebro. As pessoas com dislexia conseguem fazer uma vida perfeitamente normal e atingir quaisquer objetivos pessoais ou profissionais a que se proponham. No entanto, é certo que a pessoa com dislexia terá necessariamente um percurso mais desafiante para conseguir os mesmos desempenhos que uma pessoa sem dislexia, não só no percurso escolar e académico, mas também na sua vida quotidiana. As dificuldades surgem bastante cedo. Aprender é um processo contínuo, um conjunto de novas relações que a criança vai estabelecendo com o mundo à sua volta e que, no caso da leitura e da escrita, começam antes sequer de entrar para a escola, ao tomar contacto com os elementos e ferramentas da linguagem oral e escrita. Neste processo gradual, a criança começa por desenvolver as suas pré-aptidões de leitura e escrita, ou seja, aprende o nome e o som das letras, a sequência alfabética, começa a segmentar e reconstruir sílabas e sons, identificar rimas e o primeiro e último sons das palavras, ou o desenho das letras. Seguem-se as aptidões inferiores de leitura e escrita, isto é, o trabalho de transformar sons em letras e vice-versa. Por fim, vêm as aptidões superiores de leitura e escrita, ou seja, a expressão escrita e a compreensão leitora. Caso a Caso Importa realçar que cada pessoa aprende ao seu ritmo e à sua maneira. Mesmo que algumas crianças demorem mais tempo nas suas atividades escolares, isso não significa que sofram necessariamente de dislexia ou de outras dificuldades de aprendizagem. É preciso encontrar os métodos de estudo e de aprendizagem que funcionam melhor com cada criança e, em caso de dificuldades mais pronunciadas, consultar um especialista. http://www.dislexia-online.pt/adislexia#sthash.yPPQnwvS.dpuf Dislexia de origem genética ou adquirida Crianças com dificuldades de leitura e escrita são muitas vezes preconceituosamente vistas como sendo pouco inteligentes ou irremediavelmente desmotivadas para a aprendizagem. No entanto, há décadas que a investigação científica vem desmentindo esta perceção do problema. Hoje sabemos que há uma origem genética da dislexia que nada tem que ver com limitações do foro cognitivo da criança. A dislexia pode ocorrer em pessoas de todos os contextos socioeconómicos e níveis intelectuais. Com efeito, pessoas com elevada inteligência também podem apresentar dislexia, sendo muitas vezes dotadas para outras áreas não relacionadas com competências linguísticas, tais como arte e design, informática e eletrónica, matemática, música, teatro ou desporto. Num estudo científico publicado em 2005 na Academia Nacional de Ciências Americana por uma equipa de investigação liderada por Jeffrey Gruen, professor associado da Escola de Medicina de Yale, estabeleceu-se finalmente uma forte correlação entre a dislexia e um gene específico. Este estudo revela que a capacidade de ler é fortemente influenciada pelo gene DCDC2, localizado no cromossoma 6. A existência de defeitos na sequência de DNA deste cromossoma em determinadas áreas do cérebro parece estar fortemente relacionada com dificuldades nas funções de leitura e escrita. Estima-se que a dislexia tenha uma probabilidade de hereditariedade que varia entre 40% a 70%. Para além da origem genética, a dislexia pode igualmente resultar de uma lesão cerebral provocada por algum tipo de acidente (como uma trombose ou um traumatismo craniano), no caso de pessoas que tenham sido leitores e escritores competentes durante a sua vida e cujo traumatismo tenha ocorrido em áreas do cérebro que afetam direta ou indiretamente os mecanismos de leitura e escrita. - See more at: http://www.dislexia-online.pt/causas-dislexia#sthash.dvtzg79M.dpuf Esta problemática afeta muitas das crianças e jovens das nossas escolas, é importante saber mais acerca deste tema … Para além das limitações de leitura e escrita, a dislexia afeta muitas vezes o auto-conceito e a auto-estima da pessoa que a apresenta. Sendo uma dificuldade de aprendizagem permanente, uma vez diagnosticada vai acompanhar a pessoa durante toda a sua vida. Crianças com dislexia podem acabar por sentir-se menos inteligentes e menos capazes do que na realidade são; e o desgaste de repetidas situações de stress relacionadas com problemas escolares resultam muitas vezes numa crescente desmotivação em prosseguir os estudos. Pesquisa elaborada pela mestranda Cecília Rodrigues Nº. 2145
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